quarta-feira, 1 de junho de 2011

VIK MUNIZ - DESTAQUE DA REVISTA CQ

Entrevistador GQ
Vik Muniz: artista consciente
Por J.R. Duran
Fonte: Brasil Econômico

segunda-feira, 16 de maio de 2011

CASA DA FLÔR

Gabriel Joaquim dos Santos construiu a Casa da Flôr ao longo de décadas, com materais recolhidos na região, e a casa é considerara Patrimônio Cultural Fluminense e foi tombada em 1986, por ser uma expressão da arquitetura expontânea popular.

"Esta casa não é uma casa... isto é uma história. É uma história porque foi feita de pensamento e sonho... uma casa feita de caco transformado em flôr". Gabril Jaquim dos Santos 1892-1985.

A casa está situada na Estrada dos Passageiros, 232, São Pedro da Aldeia-RJ.



Casa da Flôr: do lixo a beleza

quarta-feira, 11 de maio de 2011

UMA VISÃO DOS AUTORES

É bonito ver o quão às pessoas descobrem maneiras de produzir a arte (é uma criação humana com valores). Muitos de nós fazemos arte sem darmos conta quê estamos fazendo.

Em matéria de capa, na Revista UNESP Ciência de abril deste ano, comenta sobre o desaparecimento dos lixões, prevista pela Lei n. 12.305/2010, sancionada pelo ex-presidente Luís Ignácio Lula da Silva. Determinando o fechamento de todos os lixões do Brasil, ainda antes da Copa do Mundo. A “lei pressupõe a responsabilidade compartilhada da sociedade na gestão dos resíduos e estabelece que têm de ser esgotadas todas as possibilidades de reaproveitamento ou reciclagem dos resíduos” (AMORIM; GIRARDI, 2010, p. 24).

É claro que tudo uma questão de política, mas esperamos que aconteça. Porém não devemos ficar esperando que a decisão tomada ou que a iniciativa seja feito pelo nosso governo. As ações feitas por pessoas, das quais citamos anteriormente neste blog, são exemplos de ação e arte.

Para quem não sabe como é a vida dessas pessoas que coletam material para reciclagem nos lixões para sobreviver, sugerimos que assistir o documentário “Lixo Extraordinário”, um registro da vida de pessoas dentro do contexto social da reciclagem. Mas o principal é a iniciativa do artista plástico Vik Muniz, de mudar a realidade das pessoas envolvidas no projeto de transformar o material do lixo em Arte.

Como é o caso do jovem David Rocha, de 20 anos, que aproveitou o conhecimento das aulas de luteria e encontrou no lixão material (madeira) para construir seus próprios instrumentos. A conceituada Maria Bonobi também utilizou em uma de suas obras material reciclável como latas de alumínio e garrafas de vidro.

De modo geral, muitas das ações citadas no blog são motivadas pela necessidade das pessoas em busca de soluções. Diferente de muitas ações culturais levadas à periferia no modelo show, muitos procuram apresentar ações de valor cultural que demonstram e valorizam a arte popular no cotidiano e a recuperação do espaço público, como o Projeto Rua dos Inventos e o Projeto 100 muros.

Os textos estudos em sala de aula, da qual é a base para o desenvolvimento das matérias deste blog, falam sobre Cultura. Cultura é o conjunto de objetos, obras, coisas feitas pelo homem, práticas sociais ou individuais. Onde o homem pensa, agi e transforma.

REFERÊNCIAS:

REVISTA UNESP CIÊNCIA. São Paulo: Editora UNESP, ano 2, n. 18, abr. 2011.

CORREA, Vanessa. Jovem da Periferia de SP transforma madeira velha em violinos. FOLHA.COM. Disponível em: http: 912475-jovem-da-periferia-de-sp-transforma-madeira-velha-em-violinos-assista.shtml="" multimidia="" videocasts="" www1.folha.uol.com.br="". Acesso em: 9 maio 2011.

LAUDANNA, Mayra (org.) Maria Bonomi: da gravura à Arte Pública. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.

terça-feira, 10 de maio de 2011

JOVEM DA PERIFERIA DE SP TRANSFORMA MADEIRA VELHA EM VIOLINOS

FONTE: FOLHA.COM
VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

As gavetas de um velho guarda-roupas de araucária se uniram ao pedaço de uma mesa de imbuia. Juntas, sob a forma de um violino, agora tocam Beethoven e Bach.

Desde 2009, quando começou a frequentar aulas de luteria --construção de instrumentos musicais--, David Rocha, 20, busca no lixo a madeira para montar seus próprios instrumentos.

"O tampo desse violão clássico é de abeto, uma madeira da Europa parecida com o pinho. Veio de uma caixa de bacalhau da Noruega que eu peguei no Mercadão", explica o jovem músico, na oficina de luteria.

Com a madeira que encontra, David já construiu um alaúde, um cavaquinho, um bandolim, uma rabeca e outro violão, barroco.

O interesse pela música vem desde criança, quando assistia, pela televisão, aos concertos da Sala São Paulo. Aos 16, ele aprendeu a tocar em uma igreja evangélica.

Determinado a montar um violino só para ele, David encontrou nos móveis descartados um meio para isso.

"Cada madeira que eu encontrava, mostrava para o professor, para saber se servia", conta David. Ele cursa o último ano do ensino médio e hoje é monitor da oficina de luteria durante a tarde.

Pelo trabalho, ele recebe uma bolsa de R$ 450 da Fundação Tide Setúbal, que promove o curso no Galpão de Cultura e Cidadania de São Miguel Paulista.

Como não segue as rígidas especificações usadas na fabricação do violino, o que David fabrica é chamado de rabeca-violino, uma versão mais rústica do instrumento.

"Ele obteve um resultado de qualidade muito rápido para quem está começando", elogia Fábio Vanini, professor da oficina de luteria.

"A vantagem de ele usar as madeiras do lixão é que elas passaram pela prova do tempo, não vão mudar mais suas características", diz o luthier.

MÚSICA VERDE

O interesse de David por materiais reciclados pode se tornar uma vantagem, já que o ofício sofre com a falta de madeira nacional disponível.

Segundo Vanini, a maioria dos bons violões é feita com jacarandá-da-bahia, que tem o corte proibido. Ou de mogno, difícil de ser encontrado.

Além de seguir a carreira como músico e luthier, um dos sonhos do 'violinista do lixão' é conhecer a Sala São Paulo, onde tocam as melhores orquestras da cidade.

"Uma vez fui com minha mãe, mas chegamos atrasados e não conseguimos entrar", desabafa.

CONVITE

Heber Sanches, professor de violino da Fundação Bachiana, assistiu ao vídeo de David, feito pela Folha.

"Bacana o som que ele tira do instrumento. E tem muito luthier que adoraria tê-lo como aprendiz". Empolgado, Heber quer convidá-lo para ter aulas na fundação.

Links:

Para ver as imagens:
http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/2849-luthier-david-souza-rocha

Para assistir o vídeo:
http://youtu.be/_GwazsJhoQo