quarta-feira, 1 de junho de 2011

VIK MUNIZ - DESTAQUE DA REVISTA CQ

Entrevistador GQ
Vik Muniz: artista consciente
Por J.R. Duran
Fonte: Brasil Econômico

segunda-feira, 16 de maio de 2011

CASA DA FLÔR

Gabriel Joaquim dos Santos construiu a Casa da Flôr ao longo de décadas, com materais recolhidos na região, e a casa é considerara Patrimônio Cultural Fluminense e foi tombada em 1986, por ser uma expressão da arquitetura expontânea popular.

"Esta casa não é uma casa... isto é uma história. É uma história porque foi feita de pensamento e sonho... uma casa feita de caco transformado em flôr". Gabril Jaquim dos Santos 1892-1985.

A casa está situada na Estrada dos Passageiros, 232, São Pedro da Aldeia-RJ.



Casa da Flôr: do lixo a beleza

quarta-feira, 11 de maio de 2011

UMA VISÃO DOS AUTORES

É bonito ver o quão às pessoas descobrem maneiras de produzir a arte (é uma criação humana com valores). Muitos de nós fazemos arte sem darmos conta quê estamos fazendo.

Em matéria de capa, na Revista UNESP Ciência de abril deste ano, comenta sobre o desaparecimento dos lixões, prevista pela Lei n. 12.305/2010, sancionada pelo ex-presidente Luís Ignácio Lula da Silva. Determinando o fechamento de todos os lixões do Brasil, ainda antes da Copa do Mundo. A “lei pressupõe a responsabilidade compartilhada da sociedade na gestão dos resíduos e estabelece que têm de ser esgotadas todas as possibilidades de reaproveitamento ou reciclagem dos resíduos” (AMORIM; GIRARDI, 2010, p. 24).

É claro que tudo uma questão de política, mas esperamos que aconteça. Porém não devemos ficar esperando que a decisão tomada ou que a iniciativa seja feito pelo nosso governo. As ações feitas por pessoas, das quais citamos anteriormente neste blog, são exemplos de ação e arte.

Para quem não sabe como é a vida dessas pessoas que coletam material para reciclagem nos lixões para sobreviver, sugerimos que assistir o documentário “Lixo Extraordinário”, um registro da vida de pessoas dentro do contexto social da reciclagem. Mas o principal é a iniciativa do artista plástico Vik Muniz, de mudar a realidade das pessoas envolvidas no projeto de transformar o material do lixo em Arte.

Como é o caso do jovem David Rocha, de 20 anos, que aproveitou o conhecimento das aulas de luteria e encontrou no lixão material (madeira) para construir seus próprios instrumentos. A conceituada Maria Bonobi também utilizou em uma de suas obras material reciclável como latas de alumínio e garrafas de vidro.

De modo geral, muitas das ações citadas no blog são motivadas pela necessidade das pessoas em busca de soluções. Diferente de muitas ações culturais levadas à periferia no modelo show, muitos procuram apresentar ações de valor cultural que demonstram e valorizam a arte popular no cotidiano e a recuperação do espaço público, como o Projeto Rua dos Inventos e o Projeto 100 muros.

Os textos estudos em sala de aula, da qual é a base para o desenvolvimento das matérias deste blog, falam sobre Cultura. Cultura é o conjunto de objetos, obras, coisas feitas pelo homem, práticas sociais ou individuais. Onde o homem pensa, agi e transforma.

REFERÊNCIAS:

REVISTA UNESP CIÊNCIA. São Paulo: Editora UNESP, ano 2, n. 18, abr. 2011.

CORREA, Vanessa. Jovem da Periferia de SP transforma madeira velha em violinos. FOLHA.COM. Disponível em: http: 912475-jovem-da-periferia-de-sp-transforma-madeira-velha-em-violinos-assista.shtml="" multimidia="" videocasts="" www1.folha.uol.com.br="". Acesso em: 9 maio 2011.

LAUDANNA, Mayra (org.) Maria Bonomi: da gravura à Arte Pública. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.

terça-feira, 10 de maio de 2011

JOVEM DA PERIFERIA DE SP TRANSFORMA MADEIRA VELHA EM VIOLINOS

FONTE: FOLHA.COM
VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

As gavetas de um velho guarda-roupas de araucária se uniram ao pedaço de uma mesa de imbuia. Juntas, sob a forma de um violino, agora tocam Beethoven e Bach.

Desde 2009, quando começou a frequentar aulas de luteria --construção de instrumentos musicais--, David Rocha, 20, busca no lixo a madeira para montar seus próprios instrumentos.

"O tampo desse violão clássico é de abeto, uma madeira da Europa parecida com o pinho. Veio de uma caixa de bacalhau da Noruega que eu peguei no Mercadão", explica o jovem músico, na oficina de luteria.

Com a madeira que encontra, David já construiu um alaúde, um cavaquinho, um bandolim, uma rabeca e outro violão, barroco.

O interesse pela música vem desde criança, quando assistia, pela televisão, aos concertos da Sala São Paulo. Aos 16, ele aprendeu a tocar em uma igreja evangélica.

Determinado a montar um violino só para ele, David encontrou nos móveis descartados um meio para isso.

"Cada madeira que eu encontrava, mostrava para o professor, para saber se servia", conta David. Ele cursa o último ano do ensino médio e hoje é monitor da oficina de luteria durante a tarde.

Pelo trabalho, ele recebe uma bolsa de R$ 450 da Fundação Tide Setúbal, que promove o curso no Galpão de Cultura e Cidadania de São Miguel Paulista.

Como não segue as rígidas especificações usadas na fabricação do violino, o que David fabrica é chamado de rabeca-violino, uma versão mais rústica do instrumento.

"Ele obteve um resultado de qualidade muito rápido para quem está começando", elogia Fábio Vanini, professor da oficina de luteria.

"A vantagem de ele usar as madeiras do lixão é que elas passaram pela prova do tempo, não vão mudar mais suas características", diz o luthier.

MÚSICA VERDE

O interesse de David por materiais reciclados pode se tornar uma vantagem, já que o ofício sofre com a falta de madeira nacional disponível.

Segundo Vanini, a maioria dos bons violões é feita com jacarandá-da-bahia, que tem o corte proibido. Ou de mogno, difícil de ser encontrado.

Além de seguir a carreira como músico e luthier, um dos sonhos do 'violinista do lixão' é conhecer a Sala São Paulo, onde tocam as melhores orquestras da cidade.

"Uma vez fui com minha mãe, mas chegamos atrasados e não conseguimos entrar", desabafa.

CONVITE

Heber Sanches, professor de violino da Fundação Bachiana, assistiu ao vídeo de David, feito pela Folha.

"Bacana o som que ele tira do instrumento. E tem muito luthier que adoraria tê-lo como aprendiz". Empolgado, Heber quer convidá-lo para ter aulas na fundação.

Links:

Para ver as imagens:
http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/2849-luthier-david-souza-rocha

Para assistir o vídeo:
http://youtu.be/_GwazsJhoQo

sexta-feira, 6 de maio de 2011

EMPRESAS DISCUTEM REGRAS PARA DESCARTE DE RESÍDUOS

Agência Brasil, de Brasília
Fonte: Valor Econômico
Data: 06/05/2011

O Ministério do Meio Ambiente e representantes do setor empresarial e da sociedade civil retomaram ontem o debate as regras que deverão nortear o descarte e a reutilização de resíduos industriais. Inicialmente, serão definidas normas para coleta, separação e reaproveitamento ou destinação adequada de cinco grupos de produtos: eletroeletrônicos, remédios, lâmpadas fluorescentes, embalagens em geral e recipientes e sobras de óleo lubrificantes. A expectativa do ministério é que as regras para o descarte desses materiais esteja em vigor já no segundo semestre de 2012. A partir daí, o cidadão terá informações claras sobre como e onde depositar os resíduo e os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes terão que observar normas mais rígidas de destinação adequada do lixo industrial.

Segundo o diretor de Resíduos Sólidos do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério da Costa, além de contribuir para a preservação ambiental, a implementação das novas regras vai impulsionar a reciclagem no país, gerando novas oportunidades de desenvolvimento econômico e social. "Hoje, o país recicla cerca de 13% dos resíduos, quando poderia reciclar 30%. Um estudo do ministério mostra que o país, anualmente, deixa de economizar R$ 8 bilhões por não aproveitar todo o potencial de reciclagem das cadeias de vidro, plástico, papel, metais e alumínio", disse Costa.

Entre os especialistas, o recolhimento e o tratamento apropriados dos produtos já consumidos ou dos resíduos decorrentes de seu uso são chamados de logística reversa, importante instrumento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado e que, entre outros aspectos, unifica as leis existentes sobre destinação do lixo.

Apesar de pouco conhecido da população em geral, o conceito de logística reversa já é uma prática bem-sucedida em vários setores. Caso, por exemplo, de acordo com o próprio ministério, das embalagens vazias de agrotóxicos. Segundo o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, mais de oito mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas foram entregues para o descarte ambientalmente correto nos três primeiros meses deste ano, resultado 17% melhor que o do mesmo período do ano passado.

De acordo com Costa, as novas regras serão discutidas pelos integrantes dos cinco grupos de trabalho compostos por representantes do setor produtivo e da sociedade civil. Na primeira etapa, os grupos de trabalho definirão o modelo, determinando, por exemplo, como o processo será custeado. Depois, será feito um estudo de viabilidade técnica e econômica para as cadeias e definidos eventuais subsídios para a convocação, pelo governo, de um acordo setorial.

Segundo Costa, os acordos terão o valor de um contrato firmado pelo Poder Público com toda a cadeia de um dos cinco setores. "Há ainda a possibilidade de o governo editar, se julgar pertinente, decretos que regulamentem a atividade."

terça-feira, 3 de maio de 2011

JOÃOSINHO TRINTA

"O povo gosta de luxo; quem gosta de miséria é intelectual."

Joãosinho Trinta, artista plástico e carnavalesco, um grande ícone do carnaval brasileiro e também uma figura única da cultura popular brasileira. Nasceu em uma família pobre de São Luís do Maranhão, em 1933, e desde de cedo fabricava seus próprios brinquedos. Ainda jovem mudou-se para o Rio de Janeiro onde estudou dança clássica no Teatro Municipal e montou várias óperas e balés: "O Guarani" de Carlos Gomes e "Aida", de Giuseppe Verdi.

Ingressou na Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro para realizar o Carnaval em 1961, onde ganhou seu primeiro título de campeão. Transferiu-se depois para a Escola de Samba Beija-Flor, em Nilópolis, criativo e ousado desenvolveu uma visualidade de grande impacto para diferentes enredos, e organizou diversos programas sociais de inclusão da população carente.

Talvez seu trabalho mais polêmico seja o samba enredo de 1989, "Ratos e Urubus, Larguem a Minha Fantasia". O enredo, segundo Joãosinho Trinta, fala não só do lixo físico, mas do lixo moral, mental e espiritual, que cria uma multidão de marginalizados, que tiram do lixo as coisas de brilho. O tema gerou controvérsias com a Igreja Católica por caracterizar o Cristo Redentor como mendigo, a alegoria foi proibida pela justiça e passou pela aveninda coberda por um plático e com uma faixa com a mensagem "mesmo proibido, olhai por nós". A Beija-Flor ficou com o segundo lugar, mas Joãosinho foi considerado o campeão moral do desfile.

Desfile da Beija Flor 1989
Samba enredo Ratos e Urubus, Larguem a Minha Fantasia


Fonte:

Uol Educação. Biograficas. Carnavalesco brasileiro

Wikipédia. Joãosinho Trinta

MARIA BONOMI

Maria Anna Olga Luiza Bonomi, nasceu em Meina, Itália (1935). Brasileira por opção, veio para o Brasil em 1946, fixando-se em São Paulo. Estudou pintura e desenho com Yolanda Mohalyi , em 1951, e com Karl Plattner. Em 1952, expõe pinturas no Museu de Arte de São Paulo em coletiva de alunos de Yolanda Mohalyi. Realiza a sua primeira individual em São Paulo, em 1956. Nesse ano, recebe bolsa de estudos da Ingram-Merrill Foundation e estuda no Pratt Institute Graphics Center, em Nova York, com o pintor Seong Moy. A partir dos anos 1970, passa a dedicar-se também à escultura e produz painéis de grandes proporções para espaços públicos. Em 1999, defende a tese de doutorado intitulada Arte Pública. Sistema Expressivo/Anterioridade, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP

Bonomi já realizou exposições individuais e coletivos, trabalhou arte pública e teatro, é uma artista ativa a mais de 50 anos e suas obras resultam do adensamento da experiência. Destacamos entre os trabalho da artista a obra Metempsicose feita de material reciclável e que foi exposta no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.



"Metempsicose, 1996. Latas de alumínio e garrafas de vidro s/manequins. Dimensão variável. Coleção da artista. Alguns dos bonecos dessa instalação apresentada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro foram reaproveitados para exposição levada em 1998 no Conjunto Nacional de São Paulo, 'A Arte da Escultura.' " (LAUDANNA, 2007, p.284).

Fonte:

LAUDANNA, Mayra (org.) Maria Bonomi: da gravura à Arte Pública. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo : Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.

Enciclopédia Itaú Cultural. Artes Visuais

MARIA Bonomi. Gravura Peregrina. Pinacoteca do Estado de São Paulo.

RETRATO DE CELEBRIDADES

Artista plástico cria retratos de celebridades com materiais encontrados no lixo
Por: Laércio Bizzarri
Fonte: http://www.coletivoverde.com.br/retratos-celebridades

Há mais de 10 anos o artista plástico Jason Mecier, desenvolve retratos de suas celebridades favoritas a partir de materiais encontrados no lixo. Ele convenceu a maioria das celebridades a doar seus sacos de lixo em nome da arte para que ele pudesse ter o material mais fiel às características pessoais do retratado.

Jason coleta do lixo, resíduos de diferentes tamanhos e cores para trabalhar o relevo, a luz e sombra em um grande mosaico em 3D, dando assim, a forma ao rosto das celebridades. Ao ver de longe, conseguimos enxergar perfeitamente de quem se trata o mosaico feito de lixo, mas ao chegar mais perto, conseguimos perceber do são feitas as formas.

Cápsulas de comprimidos, latas de aerossol e refrigerante, garrafas, fios e o que quer que de para ser usado, o artista consegue reaproveitar para dar vida a seus retratos.


Acesse o site e confira mais sobre o autor: http://www.jasonmecier.com/

segunda-feira, 2 de maio de 2011

ARTISTAS CRIAM PEÇAS DE MATERIAL RECICLÁVEL

Da Redação
redacao@jornaldebrasilia.com.br


Materiais recicláveis se transformam em obra de arte na Oficina de Artesanato do Guará. Garrafas pet, bonecas velhas e filtro de café dão vida às esculturas habilmente construídas. Além disso, uma grande quantidade de sucata, após ser trabalhada pelo artista, se transforma em automóveis, relógios, guerreiros lendários e até em um peixe gigante.

Além da produção de obras de arte, com o apoio da Administração Regional do Guará, os artistas da oficina oferecem cursos gratuitos à comunidade. Geralmente, ao longo de uma semana, o artesão Sidney Waldo ensina aos alunos as técnicas que ele utiliza na confecção de bonecas decorativas.

Leia mais na edição deste sábado (30) no Jornal de Brasília.


Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

quinta-feira, 28 de abril de 2011

PINTURA EM AZULEJO

Quem nunca passou por alguma “ferinha” para comprar algum artesanato ou lembrancinha para alguém... Estas feiras oferecem produtos artesanais, antiguidades, comidas e outras coisas mais.

Quem nunca encontrou pelo centro da cidade ou locais de grande concentração de pessoas artistas mostrando suas Artes, pintando em azulejos. Sempre estamos encontrando pessoas com algum “dom” e que não damos tanta atenção por estarmos “sempre com pressa”.

Estes artistas passam por nós com sua mochila carregada de azulejo mais os seguintes materiais: tinta a óleo, gris de payne, álcool, detergente, espuma macia, verniz, solvente, pincel modelador.

Com matérias simples, simplicidade e sutileza fazem um belo trabalho, mostram sua criatividade.

Parabéns a todos estes artistas e que continuem com suas belíssimas obras de Arte.

Abaixo alguns vídeos de pintores mostrando o seu talento:









Abaixo alguns Blogs de artistas e sites com dicas:

http://artecomosdedos.blogspot.com/
http://www.adoroartesanato.net/ 
http://leopinturaemazulejo.blogspot.com/





ESPAÇO DO LEITUOR

Se você é um artista comente e publique seu site aqui conosco. Caso você conheça ou já viu um deles pela rua, comente sobre.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

PROJETO 100 MUROS

Existem muitos projetos sociais curiosos destinados a promoção da cidadania.

O Projeto 100 Muros procurou fortalecer a auto-estima e o pertencimento social pelo potencial criativo dos jovens. É uma ação estratégica contra a violência, afinal a educação é vista como a salvação do futuro dos jovens. Este projeto provou que as comunidades podem ser mobilizadas para aprender a intervir no espaço público por meio da arte.

O projeto é uma parceria entre o Projeto Aprendiz, a Fundação Bank Boston e a Fiat, de 1999 a 2001.
Iniciou em 1999, com uma usina comunitária, em frente à sede do Projeto Aprendiz e durou 30 meses. Ele motivou alunos de escolas públicas e particulares, pacientes de hospitais, crianças moradoras de abrigo e paulistanos curiosos. O cenário do desafio é São Paulo, em suas ruas de medo, nestas ruas foram feitos centenas de mosaicos, recuperaram praças, calçadas, postes e muros.

Os participantes aprendem a usar as técnicas de mosaico, pintura em azulejo e modelagem com o reaproveitamento de cacos de azulejos.









Fonte:
100 muros: a reivenção da rua = 100 walls : the recreation of the street. Coordenação Ruth Klotzelt. São Paulo: Estúdio Infinito, 2003.-

ESPAÇO DO LEITOR

Sua comunidade intervém no espaço público?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

VIK MUNIZ


Auto retrato feito com comida e lixo




Vicente José de Oliveira Muniz, conhecido mundialmente como Vik Muniz, nasceu em 20 de dezembro de 1961 em São Paulo. É Fotógrafo, Desenhista, pintor e gravador. Cursou publicidade e propaganda na FAAP -Fundação Armando Álvares Penteado.

De origem humilde, seu pai era garçom e a mãe telefonista, ainda na adolescência, mudou-se para os Estados Unidos onde passou a viver e a trabalhar em Nova Iorque.


Em 1983 começou a realizar trabalhos utilizando materiais inusitados como açúcar, chocolate líquido, doce de leite, catchup, gel para cabelo, lixo e poeira.





Em 1988, realizou a série de desenhos The Best of Life, na qual reproduz, de memória, uma parte das famosas fotografias veiculadas pela revista americana Life. Convidado a expor os desenhos, o artista fotografa-os e dá às fotografias um tratamento de impressão em periódico, simulando um caráter de realidade às imagens originárias de sua memória. Com essa operação inaugura sua abordagem das questões envolvidas na circulação e retenção de imagens. Nas séries seguintes, que recebem, em geral, o nome do material utilizado - Imagens de Arame, Imagens de Terra, Imagens de Chocolate, Crianças de Açúcar etc. -, passa a empregar os elementos para recriar figuras referentes tanto ao universo da história da arte como do cotidiano.

Seu processo de trabalho consiste em compor as imagens com os materiais, normalmente instáveis e perecíveis, sobre uma superfície e fotografá-las.

Seguindo este viés, entre 2007 e 2009 filmou o documentário Lixo Extraordinário, que acompanha o trabalho do artista plástico em um dos maiores aterros sanitários do mundo, o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro, que lhe rendeu 6 prêmios e uma indicação ao Oscar de melhor documentário.


Vik Muniz teve suas obras expostas nos principais museus de arte contemporânea, como o Metropolitan, Whitney, o MoMA de Nova York e o Reina Sofia, de Madrid. Usando a fotografia como meio de representação ele quebra a idéia de que arte é só para quem é possui instrução.


- "Os pobres precisam de dinheiro. É preciso ajudá-los diretamente". – diz o artista, que enfrentou necessidades.


Sempre que uma de suas obras é utilizada retratando problemas sociais, ele doa parte da renda às instituições sociais.


A arte de Vik Muniz é um excelente exemplo da transição cultural na sociedade, pois de origem simples consegue se inserir na cultural de elite e retorna por meio de seus temas a "cultura de periferia", sua obra traz para o cidadão comum uma visão menos pomposa do significado da arte.




Fontes:
http://www.lixoextraordinario.net/index.php
Itaú Cultural
http://obviousmag.org/archives/2009/07/vik_muniz.html


ESPAÇO DO LEITOR


O que acha da ideia desse artista? Você conhece outro artista com a mesma ideia de sustentabilidade? Post aqui.

domingo, 10 de abril de 2011

INVENÇÕES

A arte também se faz presente nas ruas das cidades na forma de soluções criativas para quem não dispõe de muitos recursos, como mostra o projeto Rua dos Inventos reúne invenções originais encontradas nas ruas.

São obras desenvolvidas para atender necessidades e desejos de seus criadores. Segundo Gabriela de Gusmão, autora do livro Rua dos Iventos, o lixo no Brasil é uma fonte de sobrevivência para centenas de milhares da famílias. Brasileiros a partir de dois anos catam latas e papéis. Existe público e potencial em torno dos problemas que envolvem o material descartado, ainda que seja pequena a prática de aproveitamento em relação a todo o lixo aterrado. O livro traz um registro fotográfico de Inventos ambulantes, Inventos tipográficos e a criação de Inventosres perambulantes. São instrumento de trabalho, utensílos, objetos lúdicos, anúncios e mobiliário.


Veja mais no site Rua dos Inventos.


Referêncai: PEREIRA, Gabriela de Gusmão. Rua dos Inventos: ensaio sobre desenho vernacular. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2002.


O livro contém várias idéias interessantes, algumas tão cotidianas que não notamos, veja algumas fotos:


Instrumentos de trabalho:
- Lata de amendoin , p.48



















- Trio eletricafezinho, p.36


















Inventos lúdicos:
- Bicicletas em miniatura, p.80



















ESPAÇO DO LEITOR
Comente sobre essa matéria.



segunda-feira, 4 de abril de 2011

FRASES SOBRE CULTURA

"A cultura está acima da diferença da condição social." (Confúcio)

"A cultura, sob todas as formas de arte, de amor e de pensamento, através dos séculos, capacitou o homem a ser menos escravizado." (André Malraux)

"A cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida, é uma dimensão constitutiva da existência humana, como as mãos são um atributo do homem." (José Ortega y Gasset)

"A cultura histórica tem o objetivo de manter viva a consciência que a sociedade humana tem do próprio passado, ou melhor, do seu presente, ou melhor, de si mesma." (Benedetto Croce)

"A cultura não deve sofrer nenhuma coerção por parte do poder, político ou econômico, mas ser ajudada por um e por outro em todas as formas de iniciativa pública e privada conforme o verdadeiro humanismo, a tradição e o espírito autêntico de cada povo." (Papa João Paulo II)

"Investir em cultura não é caridade: é uma parceria que ajuda a projetar o Brasil internacionalmente." (Fernanda Montenegro)

"A cultura não lida apenas com as artes e universidades, mas com todos os valores da sociedade humana, que a um governo democrático incumbe respeitar e vitalizar." (Jorge Cunha Lima)

"Quando você desenvolve a cultura, multiplica o espaço para vozes que refletem sobre os problemas da sociedade. Se o Ministério da Cultura funcionar, a criticidade da cultura brasileira dará grande contribuição ao desenvolvimento democrático do país." (Francisco Weffort)

"A cultura brasileira reflete mais a africana do que a americana. Nos E.U.A. temos o Jazz e quase só isso. Não existem figuras como Machado de Assis, um mulato considerado um dos maiores escritores do país." (John Updike)

"Nossa deformação cultural nos faz pensar que cabe a um segmento da sociedade levar cultura a outro. Nós temos é que buscar a cultura no povo, dando condições para que ela brote." (Fernanda Montenegro)

"Cultura é gente, diversa, plural, multifacetada, que na identidade de cada um forma o caldo coletivo que alimenta a história. O que importa é alimentar gente, educar, empregar gente." (Sergio Mamberti)

"Uma das principais tarefas da cultura é fazer da necessidade, liberdade." (Jacob Klatzkin)

"Quem tem imaginação, mas não tem cultura, possui asas, mas não tem pés." (Joseph Joubert)

"A cultura forma sábios; a educação, homens." (Louis de Bonald)

"A cultura não se herda, conquista-se." (André Malraux)







ESPAÇO DO LEITOR


Caro leitor, o que é cultura para você?

quinta-feira, 31 de março de 2011

AS CULTURAS E A ARTE DO REAPROVEITAMENTO

É importante relatar fatos importantes para mostrar ao mundo que podemos mudar a visão e a vida das pessoas. A iniciativa do artista plástico Vik Muniz ao realizar um trabalho com a comunidade dos catadores de lixo do aterro Gramacho, no Rio de Janeiro, visou gerar cultura e renda utilizando materiais descartados gerados do nosso uso no dia-a-dia, o lixo. O objetivo de Vik foi mudar a vida dessas pessoas por meio da Arte.

Na visita ao Museu Afro no dia feita em 27 de fevereiro deste ano, notamos que as fantasias usadas nas festas populares, herança do Brasil Colônia e Folia de Reis são feitas de materiais reciclável do quais utilizam pedaços de vidros, fitas e outros. Os Foliões e os da Colônia utilizavam os materiais disponíveis e descartados para realizar suas festas. E na Folia de Reis, temos a recuperação dos materiais, da mesma forma em que mostra no documentário “Lixo Extraordinário”, conduzido pelo próprio Vik Muniz, que recupera os materiais para utilizar na montagem da arte, e ainda reintegrando estas pessoas no meio social do qual já são pertencentes, mas que são vistas por outras pessoas com um olhar que as difere e as julgam como se não pertencessem ao mesmo meio social.

Ao por em práticas a recuperação de matérias prima, fazemos a diferença em diversas coisas das quais não percebemos, como por exemplo: menos lixo nos aterros, a produção de produtos dos quais poderão ser reaproveitáveis, a economia, para o meio ambiente, a não destruição de mais matérias primas e infecção de rios e solos, e por assim em diante.

Com base nos textos “A Cultura do centro” de Luís Milanese e a “A Cultura da periferia” do Trabalho de Conclusão de Curso das alunas da FESP-SP, pode-se identificar as seguintes relações com as iniciativas citadas acima: na atuação do artista Vik Muniz que pertence a uma cultura de elite, desenvolve junto aos catadores de lixo um trabalho de reaproveitamento de materiais e transformando-os em Arte, que não é muito diferente da Folia de Reis que também reaproveita materiais para criar arte popular.

Estão claro no texto três tipos de Culturas: a Cultura de Elite, a Cultura da periferia e a Cultura popular.

No texto “A Cultura do Centro”, o autor expõe o quanto está difícil entender o conceito de cultura, onde para a maioria da população o conceito discorre de valores simbólicos, como alguns casos em que o autor cita no texto. O Caso da posse da “sabedoria” e o “ter”, de “ter sabedoria” e o do “possuir”, o acúmulo de riquezas materiais, ou seja, o homem é “culto” por falar ou escrever palavras difíceis, desconhecidas, do dia-a-dia.

No caso da Cultura de periferia a sociedade impõe o uso errado das palavras “periferia” e “cultura”, que são tratadas como sinônimos. São colocações preconceituosas, como por exemplo: “levar cultura à favela“ ou “favelas são locais carentes de cultura”, que tratando desta forma, é o mesmo que dizer que estas pessoas não têm cultura e que são incapazes de produzir cultura. Se analisarmos o trabalho de Vik, ele trabalha um desenvolvimento de transformação da Cultura daquela terminada comunidade, ou seja, aumentou o conhecimento daquelas pessoas e mostrando a capacidade criar novos caminhos. Neste caso é Cultura em cima de Cultura.

Outro fator clássico é o que difere a classes sociais, onde a classe alta pode obter produtos mais caros e finos; a classe pobre aceita seu destino com mais facilidade por não ter auto-estima; enquanto a classe média fica no impasse de conhecer os valores materiais e simbólicos da classe alta e ao mesmo tempo angustiado por não poder obter estes por estar longe das suas condições. No documentário Lixo Extraordinário, a princípio, nas entrevistas em que Vik faz com os catadores de lixo, vê-se que apesar de todo o sofrimento, aparenta-se estarem felizes. Mas que com o decorrer da filmagem, eles vão se expondo e o sentimento de tristeza aparece. E que graças ao apoio do artista plástico de ajudar essas pessoas através da arte, a felicidade retorna criando novas esperanças e novas oportunidades.

Cultura Popular pode ser definida como qualquer manifestação cultural (dança, música, festas, literatura, folclore, arte, etc) em que o povo produz e participa de forma ativa. Ao contrário da cultura de elite, a cultura popular surge das tradições e costumes e é transmitida de geração para geração, principalmente, de forma oral. Exemplos de manifestações da cultura popular: carnaval, danças e festas folclóricas, literatura de cordel, provérbios, samba, frevo, capoeira, artesanato, cantigas de roda, contos e fábulas, lendas urbanas, superstições, etc. (SUA PESQUISA.COM)

A Cultura é uma das principais características do homem, com o poder de desenvolver. E que é impossível o desenvolvimento individualmente, pois a Cultura carrega uma memória coletiva. Portanto a cultura é um elemento social. Cultura é sinônimo dos modos de vida de um povo, pela interação destes.

Não importa a qual classe ou comunidade pertence, a cultura é tudo o que o homem através de sua racionalidade consegue executar e que desta forma, povos e sociedades conduzem suas maneiras de viver de forma tradicional ou arcaica, por conhecimentos adquiridos no passado e passando para as futuras gerações.


REFERÊNCIA

MILANESI, Luís. A cultura do centro. In: ____. A casa da invenção: biblioteca: centro de cultura. 3. ed. São Caetano do Sul: Ateliê Editorial, 1997.

MELO, Denise Alves; HIAGON, Ricardo; PAZINI, Tauany Clemente. A cultura da periferia. In: _____ Saraus na periferia da Cidade de São Paulo: práticas de ação cultural. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado) - Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, 2010.

WIKIPÉDIA. Cultura do Brasil. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_do_Brasil. Acesso em: 26 mar. 2011.

SUA PESQUISA.COM. Cultura Popular. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/cultura_popular.htm. Acesso em: 26 mar. 2011.

segunda-feira, 28 de março de 2011

INDICAÇÃO

BRINQUEDOS E ENGENHOCAS

Cavalos de pau, grilos saltadores, caminhões de madeira, miniaturas, fliperamas com pregos, são alguns dos muitos brinquedos possíveis com a reciclagem da sucata e outros materias.

O livro Brinquedos & engenhocas é uma coleção de documentos fotográficos sobre o universo do brinquedo intantil e popular, registra a manifestação espontânea da arte, dando destaque aos brinquedos artesanais, e a construção de brinquedos populares com suas cores vivas e fortes. Segundo Weiss, "o universo do brinquedo / sucata lança mão da arte popular e ao mesmo temo abrange o universo da criação infantil, como formas de expressão autônomas".

Dentro da arte poupular, o brinquedo ocupa um lugar de destaque nas mais diversas regiões do país, mostrando um reaproveitamento extramamente rico e variado de materiais.

Referência: WEISS, Luise. Brinquedos e engenhocas: atividades lúdicas com sucata.São Paulo: Scipione, 1989 (Pensamento e ação no magistério).-

Veja algumas ilustrações:

Figura n.1 : Miniaturas, pg. 126


Figura n.2 : Grilo slatante, p.136



Figura n.3: Cavalo de pau e caminhonete, p.137

quarta-feira, 23 de março de 2011

COLETA SELETIVA

Coleta seletiva é a separação e o recolhimento dos materiais que são passíveis de serem reciclados descartados pelas empresas e pessoas, previamente separados na fonte geradora, assim recuperando matérias-primas e reutilizando-as. Pois desta forma, ocupa um papel importantíssimo para o meio ambiente diminuindo a contamição e poluição dos solos e rios Dentre estes materias podemos citar os tipos de papéis, plásticos, metais e vidros.

Os materiais são separados do lixo orgânico (restos de carne, frutas, verduras e etc) para não sofrerem a contaminação, assim aumenta o valor e diminuindo os custos de reciclagem.

Para iniciar um processo de coleta seletiva é preciso avaliar, quantitativamente e qualitativamente, o perfil dos resíduos sólidos gerados em determinado município ou localidade, a fim de estruturar melhor o processo de coleta (WIKIPÉDIA).

A sociedade produz muito lixo. É fundamental a conscientização das pessoas do enorme problema que o lixo causa. Pois a maior parte do mundo não tem noção disso, pois apenas imaginam, e não se importam. É preciso realizar campanhas até colocar na cabeça do povo a importância da reciclagem e os orientado para separarem os lixos de acordo com cada tipo de material, conforme ilustração abaixo, que mostra os tipos e cores padronizadas que vemos em muitos lugares e que não damos atenção.








Padronização da cores das latas de lixo.
Fonte: http://www.not1.com.br/vantagens-da-coleta-seletiva-cores-da-coleta-seletiva
Data: 23/03/2011

Para termos uma ideia, conforme informação postada do WIKIPÉDIA, a reciclagem representa em torno de 40% do lixo doméstico, aumentado a vida útil do aterro. E melhor seria os benefícios se conta-se com a ajuda de uma usina de compostagem. Desta maneira “a reciclagem implica uma redução significativa dos níveis de poluição ambiental e do desperdício de recursos naturais, através de economia de energia e matérias-primas”. (WIKIPÉDIA)

Um condutor fundamental, do qual muitas pessoas ignoram e desprezam é o Catador de lixo, ou melhor, o Catador de material reciclável, conforme Tião no programa do Jô, um dos protagonistas do Documentário - Lixo Extraordinário. O Catador é o sujeito que tira do lixo o seu sustento, selecionando o material na fonte e separando-os para vender as empresas. Beneficiando desta forma, o meio ambiente, evitando mais lixo no aterro ou lixão e também as empresas que compram o material barato e reutilizam e evita a coleta de matéria prima virgem.

Fontes:
http://www.not1.com.br/vantagens-da-coleta-seletiva-cores-da-coleta-seletiva
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coleta_seletiva
http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=133&Itemid=240

domingo, 20 de março de 2011

INDICAÇÃO

EXPOSIÇÃO

RELICÁRIO - Vik Muniz


Relicário, exposição de Vik Muniz em cartaz no Instituto Tomie Ohtake, traz uma faceta pouco conhecida do artista que se tornou nos últimos tempos um verdadeiro ícone pop. O que vemos nessa mostra é um Vik Muniz escultor praticamente inédito, mesmo que o termo escultura não pareça definir muito bem a ampla gama de objetos criados por ele como numa espécie de desafio lúdico e irônico.


É como se cada uma das 30 obras exibidas fossem pequenos chistes, comentários ferinos ou anedóticos, emitidos com o intuito de provocar o espectador, fisgando-o por meio das mais diferentes artimanhas, que incluem, inexoravelmente, a sedução material, o choque semântico entre elementos muito distintos e a surpreendente maestria técnica que caracteriza a obra de Vik.


Muito já se falou sobre a utilização de referências típicas da arte pop pelo artista, que também já dialogou com outras grandes escolas da história da arte, como o impressionismo e o minimalismo. Nas obras reunidas em Relicário, no entanto, há um evidente flerte com procedimentos típicos do surrealismo e dadaísmo. O contraste entre elementos, o deslocamento de significados e a utilização do texto (o título) como elemento constitutivo da obra estão presentes em vários trabalhos, como em O Batismo do Monstro, uma delicadíssima e romântica camisola com metros de comprimento cuidadosamente dobrados sobre si e seis mangas em vez de duas.


A ironia descompromissada que marca trabalhos como a caixa de papelão à prova de balas, o sarcófago da múmia na forma de um gigantesco tupperware ou História da Iconografia Acidental – imagens de torradas que reproduzem a fisionomia de ícones como Che Guevara e Jesus Cristo – cede lugar em alguns momentos a comentários mais ácidos sobre a sociedade de consumo – tema caro ao artista e que está retratado no documentário Lixo Extraordinário, que foi indicado para o Oscar da categoria deste ano. A instalação feita com restos de bonecas descartadas, desmembradas e inseridas num grande armário de laboratório é de uma morbidez incômoda e mais crítica do que a média dos trabalhos reunidos na mostra.


Esse trabalho, no qual há ecos evidentes dos objetos construídos por Farnese de Andrade com restos de bonecas, traz à baila uma certa identificação de Vik Muniz com os mistérios e enigmas da ciência. Como um cientista maluco ou um etnógrafo capeta, ele passeia por esse mundo das catalogações, registros e desejo de ordem para produzir obras de grande poder sedutor. Universos díspares como fragmentos de bonecas, o choque entre culturas primitivas e a cultura de massas ou o estudo das borboletas constituem sua matéria-prima. Em Entomologia Gráfica, por exemplo, ele cria um maravilhoso e diversificado painel com centenas de borboletas aprisionadas.


O olhar do observador, atraído pelas cores e formas dispostas ali, leva algum tempo para perceber que não são insetos de verdade, mas reproduções de um grande ilusionismo cenográfico. A mesma ironia desconcertante se dá na série Flora Industrialis, um dos raros trabalhos a lançar mão da fotografia, técnica por excelência do artista, para retratar um ampla gama de flores. São delicadas naturezas-mortas, literalmente, já que somos informados pela legenda (e em alguns casos isso fica um tanto explícito pela imagem, como no caso do girassol) que são flores artificiais.


Clown. A identidade de cientista não é a única adotada por Vik Muniz nessa exposição, que tem muito de autorretratística. Soma-se a esse papel, formando como que uma tríade de personas assumidas pelo artista em seu percurso criativo, as figuras do mágico e – sobretudo nesses comentários escultóricos – do palhaço. A imagem do clown é representada pelo crânio com o característico nariz de bolinha, que ocupa lugar de destaque em Relicário e que, curiosamente, já havia aberto a grande retrospectiva que o artista realizou no MAM de São Paulo em 2001.

 
Fotos:












"Nail Fetish Black" (madeira e pregos), 2010
                 






"Deflated Soccer Ball" (bronze pintado), 1989







“Dying Flower" (tecido e arame), 1998





 "The history of Accidental Iconography" (torrada), 2010







 "Museum" (vidro, água e bonecas), 2010.



Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201, Pinheiros-SP. Tel.: 0/xx/11/2245-1900
De: 01/3 a 24/4 - Terça a domingo, das 11h às 20h

Fonte: O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 14 de março de 2011

INDICAÇÃO

DOCUMENTÁRIO - LIXO EXTRAORDINÁRIO



Título original: (WasteLand)
Lançamento: 2010 (Brasil, Reino Unido)
Direção: Lucy Walker, João Jardim, Karen Harley
Duração: 90 min
Indicado ao Oscar de melhor documentário de 2011
Site oficial: http://www.lixoextraordinario.net/



Sinopse:

Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), Lixo Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. No entanto, o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a reimaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem acesso a todo o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano.
Fonte: http://www.lixoextraordinario.net/














O Filme - Documentário é simplesmente fantástico e impactante. Mostra a dura realidade daqueles que lutam para sobreviver através do lixo. O principal é a magnitude de Vik Muniz de transformar arte em luxo, esperança, dinheiro e sonhos. Uma verdadeira aula de sustentabilidade.

sábado, 5 de março de 2011

APRESENTAÇÃO

O blog Uma Esperança Através da Arte é fruto de uma atividade da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP), onde através deste, com muito prazer, trabalharemos em apresentar alguns textos e indicações de ações ligadas ao lixo, com a missão de tratar e incorporar as atividades sustentáveis. Assunto importantíssimo para a sustentabilidade de uma Nação. Com o intuito de mobilizar a sociedade através de práticas e desenvolvimento para um ambiente mais “equilibrado”.

Outro seguimento é acompanhar os passos do artista plástico Vik Muniz, com o projeto fabuloso chamado “Lixo Extraordinário” e qualquer outro projeto que envolva o lixo e o transforme em arte.

quinta-feira, 3 de março de 2011

SUSTENTABILIDADE

O termo Sustentabilidade é muito conhecido e pouco compreendido. A construção de uma sociedade sustentável exige inicialmente compreender o assunto e adotar atitudes diárias em benefício do meio ambiente, e para isso é preciso inicialmente compreender o que as pessoas pensam sobre o assunto e como agem no seu dia a dia. A sustentabilidade engloba os conceitos sociais e econômicos. Um exemplo é o trabalho do Instituto Akatu (organização não-governamental, sem fins lucrativos), que surgiu no ano 2000, dentro do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social (organização não-governamental, com missão de educar e mobilizar a sociedade para o consumo consciente), que participa da educação para a sustentabilidade, que perceberam que as empresas só aprofundariam suas práticas de Responsabilidade Social (RSE), com uma visão a longo prazo, na medida em que os consumidores passassem a valorizar essas iniciativas em suas decisões de compra. Foi quando se concluiu que o consumidor é um importante agente indutor da RSE. (FONTE: http://www.akatu.org.br/).

Consumo Coletivo

É uma série de animação que faz reflexões sobre o consumo e produção. Os principais assuntos da série são a sustentabilidade, clima, consumo de água e energia. O projeto Consciente Coletivo foi lançado pelo Instituto Akatu, Canal Futura e HP do Brasil, a campanha também realiza a distribuição de kits educativos em instituições filiadas a Akatu e o Canal Futura, incentivando nestes locais o consumo consciente. Considerando estes aspectos, vemos que consumir está presente constantemente em nossas vidas, por exemplo, quando estamos passeando em um shopping consumimos eletricidade, seja da iluminação ou das escadas rolantes ou elevadores. Por isso o consumo provoca impactos sobre a natureza, que fornece as matérias-primas para a produção dos bens que consumimos. Nossa sustentabilidade exige uma produção e consumo de bens e serviços de forma diferente a atual, visto que o modelo atual contribui para a desigualdade social e desequilíbrio ambiental.

Consumo Consciente

Uma vez que nossas escolhas de consumo geram os impactos nas condições de vida do planeta, é hora de usar tais escolhas para contribuir por um mundo melhor. Devemos consumir solidariamente buscando os impactos positivos para o bem da sociedade e do meio ambiente. Consumo Consciente, segundo o Instituto Akatu, "é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade buscando o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade do planeta, lembrando que a sustentabilidade implica em um modelo ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável".


Visite a galeria de vídeos
Instituto Akatu


Veja uma animação:



<a href="http://youtube.com/watch?v=jL_13S1GmT0">http://youtube.com/watch?v=jL_13S1GmT0</a>

quarta-feira, 2 de março de 2011

ABERTURA

O lixo não é só um problema ambiental, é também um problema econômico. Pois ter de pagar um "pessoal” para limpar a sujeira produzida por pessoas, é o que a Prefeitura faz.

A questão do lixo hoje é global, a quantidade gerada por pessoa é enorme.

A sociedade deve pensar e refletida por nossos governantes, pois a quantidade gerada por dia é enorme e dão pouca importância assim como muitas outras coisas que fingem não saber.

Existem diversos trabalhos de reciclagem, contudo nem todo lixo pode ser reaproveitado. Seria muito importante uma campanha “forte” do Estado em conscientizar a população como deve ser feito a separação por categorias e colocando-os em sacos de lixo determinado, além de mostrar o que acontece com o lixo, suas etapas e o quão é complicado o processo de tratamento.

Existem diversos lugares como parques, centros culturais e outros lugares com lixo especificando a categoria, todavia, frequentemente, vemos pessoas joga o lixo em qualquer cesto, sem a preocupação da separação, e muitas vezes jogo no chão.

Mas enquanto isso não se resolve, o que fazer com o lixo existente?

Uma boa resposta é a apresentação que daremos aqui neste blog, através do artista plástico Vik Muniz, com um belíssimo trabalho chamado “Lixo Extraordinário”, onde o artista transforma o lixo em arte.

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