segunda-feira, 16 de maio de 2011

CASA DA FLÔR

Gabriel Joaquim dos Santos construiu a Casa da Flôr ao longo de décadas, com materais recolhidos na região, e a casa é considerara Patrimônio Cultural Fluminense e foi tombada em 1986, por ser uma expressão da arquitetura expontânea popular.

"Esta casa não é uma casa... isto é uma história. É uma história porque foi feita de pensamento e sonho... uma casa feita de caco transformado em flôr". Gabril Jaquim dos Santos 1892-1985.

A casa está situada na Estrada dos Passageiros, 232, São Pedro da Aldeia-RJ.



Casa da Flôr: do lixo a beleza

quarta-feira, 11 de maio de 2011

UMA VISÃO DOS AUTORES

É bonito ver o quão às pessoas descobrem maneiras de produzir a arte (é uma criação humana com valores). Muitos de nós fazemos arte sem darmos conta quê estamos fazendo.

Em matéria de capa, na Revista UNESP Ciência de abril deste ano, comenta sobre o desaparecimento dos lixões, prevista pela Lei n. 12.305/2010, sancionada pelo ex-presidente Luís Ignácio Lula da Silva. Determinando o fechamento de todos os lixões do Brasil, ainda antes da Copa do Mundo. A “lei pressupõe a responsabilidade compartilhada da sociedade na gestão dos resíduos e estabelece que têm de ser esgotadas todas as possibilidades de reaproveitamento ou reciclagem dos resíduos” (AMORIM; GIRARDI, 2010, p. 24).

É claro que tudo uma questão de política, mas esperamos que aconteça. Porém não devemos ficar esperando que a decisão tomada ou que a iniciativa seja feito pelo nosso governo. As ações feitas por pessoas, das quais citamos anteriormente neste blog, são exemplos de ação e arte.

Para quem não sabe como é a vida dessas pessoas que coletam material para reciclagem nos lixões para sobreviver, sugerimos que assistir o documentário “Lixo Extraordinário”, um registro da vida de pessoas dentro do contexto social da reciclagem. Mas o principal é a iniciativa do artista plástico Vik Muniz, de mudar a realidade das pessoas envolvidas no projeto de transformar o material do lixo em Arte.

Como é o caso do jovem David Rocha, de 20 anos, que aproveitou o conhecimento das aulas de luteria e encontrou no lixão material (madeira) para construir seus próprios instrumentos. A conceituada Maria Bonobi também utilizou em uma de suas obras material reciclável como latas de alumínio e garrafas de vidro.

De modo geral, muitas das ações citadas no blog são motivadas pela necessidade das pessoas em busca de soluções. Diferente de muitas ações culturais levadas à periferia no modelo show, muitos procuram apresentar ações de valor cultural que demonstram e valorizam a arte popular no cotidiano e a recuperação do espaço público, como o Projeto Rua dos Inventos e o Projeto 100 muros.

Os textos estudos em sala de aula, da qual é a base para o desenvolvimento das matérias deste blog, falam sobre Cultura. Cultura é o conjunto de objetos, obras, coisas feitas pelo homem, práticas sociais ou individuais. Onde o homem pensa, agi e transforma.

REFERÊNCIAS:

REVISTA UNESP CIÊNCIA. São Paulo: Editora UNESP, ano 2, n. 18, abr. 2011.

CORREA, Vanessa. Jovem da Periferia de SP transforma madeira velha em violinos. FOLHA.COM. Disponível em: http: 912475-jovem-da-periferia-de-sp-transforma-madeira-velha-em-violinos-assista.shtml="" multimidia="" videocasts="" www1.folha.uol.com.br="". Acesso em: 9 maio 2011.

LAUDANNA, Mayra (org.) Maria Bonomi: da gravura à Arte Pública. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.

terça-feira, 10 de maio de 2011

JOVEM DA PERIFERIA DE SP TRANSFORMA MADEIRA VELHA EM VIOLINOS

FONTE: FOLHA.COM
VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

As gavetas de um velho guarda-roupas de araucária se uniram ao pedaço de uma mesa de imbuia. Juntas, sob a forma de um violino, agora tocam Beethoven e Bach.

Desde 2009, quando começou a frequentar aulas de luteria --construção de instrumentos musicais--, David Rocha, 20, busca no lixo a madeira para montar seus próprios instrumentos.

"O tampo desse violão clássico é de abeto, uma madeira da Europa parecida com o pinho. Veio de uma caixa de bacalhau da Noruega que eu peguei no Mercadão", explica o jovem músico, na oficina de luteria.

Com a madeira que encontra, David já construiu um alaúde, um cavaquinho, um bandolim, uma rabeca e outro violão, barroco.

O interesse pela música vem desde criança, quando assistia, pela televisão, aos concertos da Sala São Paulo. Aos 16, ele aprendeu a tocar em uma igreja evangélica.

Determinado a montar um violino só para ele, David encontrou nos móveis descartados um meio para isso.

"Cada madeira que eu encontrava, mostrava para o professor, para saber se servia", conta David. Ele cursa o último ano do ensino médio e hoje é monitor da oficina de luteria durante a tarde.

Pelo trabalho, ele recebe uma bolsa de R$ 450 da Fundação Tide Setúbal, que promove o curso no Galpão de Cultura e Cidadania de São Miguel Paulista.

Como não segue as rígidas especificações usadas na fabricação do violino, o que David fabrica é chamado de rabeca-violino, uma versão mais rústica do instrumento.

"Ele obteve um resultado de qualidade muito rápido para quem está começando", elogia Fábio Vanini, professor da oficina de luteria.

"A vantagem de ele usar as madeiras do lixão é que elas passaram pela prova do tempo, não vão mudar mais suas características", diz o luthier.

MÚSICA VERDE

O interesse de David por materiais reciclados pode se tornar uma vantagem, já que o ofício sofre com a falta de madeira nacional disponível.

Segundo Vanini, a maioria dos bons violões é feita com jacarandá-da-bahia, que tem o corte proibido. Ou de mogno, difícil de ser encontrado.

Além de seguir a carreira como músico e luthier, um dos sonhos do 'violinista do lixão' é conhecer a Sala São Paulo, onde tocam as melhores orquestras da cidade.

"Uma vez fui com minha mãe, mas chegamos atrasados e não conseguimos entrar", desabafa.

CONVITE

Heber Sanches, professor de violino da Fundação Bachiana, assistiu ao vídeo de David, feito pela Folha.

"Bacana o som que ele tira do instrumento. E tem muito luthier que adoraria tê-lo como aprendiz". Empolgado, Heber quer convidá-lo para ter aulas na fundação.

Links:

Para ver as imagens:
http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/2849-luthier-david-souza-rocha

Para assistir o vídeo:
http://youtu.be/_GwazsJhoQo

sexta-feira, 6 de maio de 2011

EMPRESAS DISCUTEM REGRAS PARA DESCARTE DE RESÍDUOS

Agência Brasil, de Brasília
Fonte: Valor Econômico
Data: 06/05/2011

O Ministério do Meio Ambiente e representantes do setor empresarial e da sociedade civil retomaram ontem o debate as regras que deverão nortear o descarte e a reutilização de resíduos industriais. Inicialmente, serão definidas normas para coleta, separação e reaproveitamento ou destinação adequada de cinco grupos de produtos: eletroeletrônicos, remédios, lâmpadas fluorescentes, embalagens em geral e recipientes e sobras de óleo lubrificantes. A expectativa do ministério é que as regras para o descarte desses materiais esteja em vigor já no segundo semestre de 2012. A partir daí, o cidadão terá informações claras sobre como e onde depositar os resíduo e os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes terão que observar normas mais rígidas de destinação adequada do lixo industrial.

Segundo o diretor de Resíduos Sólidos do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério da Costa, além de contribuir para a preservação ambiental, a implementação das novas regras vai impulsionar a reciclagem no país, gerando novas oportunidades de desenvolvimento econômico e social. "Hoje, o país recicla cerca de 13% dos resíduos, quando poderia reciclar 30%. Um estudo do ministério mostra que o país, anualmente, deixa de economizar R$ 8 bilhões por não aproveitar todo o potencial de reciclagem das cadeias de vidro, plástico, papel, metais e alumínio", disse Costa.

Entre os especialistas, o recolhimento e o tratamento apropriados dos produtos já consumidos ou dos resíduos decorrentes de seu uso são chamados de logística reversa, importante instrumento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado e que, entre outros aspectos, unifica as leis existentes sobre destinação do lixo.

Apesar de pouco conhecido da população em geral, o conceito de logística reversa já é uma prática bem-sucedida em vários setores. Caso, por exemplo, de acordo com o próprio ministério, das embalagens vazias de agrotóxicos. Segundo o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, mais de oito mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas foram entregues para o descarte ambientalmente correto nos três primeiros meses deste ano, resultado 17% melhor que o do mesmo período do ano passado.

De acordo com Costa, as novas regras serão discutidas pelos integrantes dos cinco grupos de trabalho compostos por representantes do setor produtivo e da sociedade civil. Na primeira etapa, os grupos de trabalho definirão o modelo, determinando, por exemplo, como o processo será custeado. Depois, será feito um estudo de viabilidade técnica e econômica para as cadeias e definidos eventuais subsídios para a convocação, pelo governo, de um acordo setorial.

Segundo Costa, os acordos terão o valor de um contrato firmado pelo Poder Público com toda a cadeia de um dos cinco setores. "Há ainda a possibilidade de o governo editar, se julgar pertinente, decretos que regulamentem a atividade."

terça-feira, 3 de maio de 2011

JOÃOSINHO TRINTA

"O povo gosta de luxo; quem gosta de miséria é intelectual."

Joãosinho Trinta, artista plástico e carnavalesco, um grande ícone do carnaval brasileiro e também uma figura única da cultura popular brasileira. Nasceu em uma família pobre de São Luís do Maranhão, em 1933, e desde de cedo fabricava seus próprios brinquedos. Ainda jovem mudou-se para o Rio de Janeiro onde estudou dança clássica no Teatro Municipal e montou várias óperas e balés: "O Guarani" de Carlos Gomes e "Aida", de Giuseppe Verdi.

Ingressou na Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro para realizar o Carnaval em 1961, onde ganhou seu primeiro título de campeão. Transferiu-se depois para a Escola de Samba Beija-Flor, em Nilópolis, criativo e ousado desenvolveu uma visualidade de grande impacto para diferentes enredos, e organizou diversos programas sociais de inclusão da população carente.

Talvez seu trabalho mais polêmico seja o samba enredo de 1989, "Ratos e Urubus, Larguem a Minha Fantasia". O enredo, segundo Joãosinho Trinta, fala não só do lixo físico, mas do lixo moral, mental e espiritual, que cria uma multidão de marginalizados, que tiram do lixo as coisas de brilho. O tema gerou controvérsias com a Igreja Católica por caracterizar o Cristo Redentor como mendigo, a alegoria foi proibida pela justiça e passou pela aveninda coberda por um plático e com uma faixa com a mensagem "mesmo proibido, olhai por nós". A Beija-Flor ficou com o segundo lugar, mas Joãosinho foi considerado o campeão moral do desfile.

Desfile da Beija Flor 1989
Samba enredo Ratos e Urubus, Larguem a Minha Fantasia


Fonte:

Uol Educação. Biograficas. Carnavalesco brasileiro

Wikipédia. Joãosinho Trinta

MARIA BONOMI

Maria Anna Olga Luiza Bonomi, nasceu em Meina, Itália (1935). Brasileira por opção, veio para o Brasil em 1946, fixando-se em São Paulo. Estudou pintura e desenho com Yolanda Mohalyi , em 1951, e com Karl Plattner. Em 1952, expõe pinturas no Museu de Arte de São Paulo em coletiva de alunos de Yolanda Mohalyi. Realiza a sua primeira individual em São Paulo, em 1956. Nesse ano, recebe bolsa de estudos da Ingram-Merrill Foundation e estuda no Pratt Institute Graphics Center, em Nova York, com o pintor Seong Moy. A partir dos anos 1970, passa a dedicar-se também à escultura e produz painéis de grandes proporções para espaços públicos. Em 1999, defende a tese de doutorado intitulada Arte Pública. Sistema Expressivo/Anterioridade, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP

Bonomi já realizou exposições individuais e coletivos, trabalhou arte pública e teatro, é uma artista ativa a mais de 50 anos e suas obras resultam do adensamento da experiência. Destacamos entre os trabalho da artista a obra Metempsicose feita de material reciclável e que foi exposta no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.



"Metempsicose, 1996. Latas de alumínio e garrafas de vidro s/manequins. Dimensão variável. Coleção da artista. Alguns dos bonecos dessa instalação apresentada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro foram reaproveitados para exposição levada em 1998 no Conjunto Nacional de São Paulo, 'A Arte da Escultura.' " (LAUDANNA, 2007, p.284).

Fonte:

LAUDANNA, Mayra (org.) Maria Bonomi: da gravura à Arte Pública. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo : Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.

Enciclopédia Itaú Cultural. Artes Visuais

MARIA Bonomi. Gravura Peregrina. Pinacoteca do Estado de São Paulo.

RETRATO DE CELEBRIDADES

Artista plástico cria retratos de celebridades com materiais encontrados no lixo
Por: Laércio Bizzarri
Fonte: http://www.coletivoverde.com.br/retratos-celebridades

Há mais de 10 anos o artista plástico Jason Mecier, desenvolve retratos de suas celebridades favoritas a partir de materiais encontrados no lixo. Ele convenceu a maioria das celebridades a doar seus sacos de lixo em nome da arte para que ele pudesse ter o material mais fiel às características pessoais do retratado.

Jason coleta do lixo, resíduos de diferentes tamanhos e cores para trabalhar o relevo, a luz e sombra em um grande mosaico em 3D, dando assim, a forma ao rosto das celebridades. Ao ver de longe, conseguimos enxergar perfeitamente de quem se trata o mosaico feito de lixo, mas ao chegar mais perto, conseguimos perceber do são feitas as formas.

Cápsulas de comprimidos, latas de aerossol e refrigerante, garrafas, fios e o que quer que de para ser usado, o artista consegue reaproveitar para dar vida a seus retratos.


Acesse o site e confira mais sobre o autor: http://www.jasonmecier.com/

segunda-feira, 2 de maio de 2011

ARTISTAS CRIAM PEÇAS DE MATERIAL RECICLÁVEL

Da Redação
redacao@jornaldebrasilia.com.br


Materiais recicláveis se transformam em obra de arte na Oficina de Artesanato do Guará. Garrafas pet, bonecas velhas e filtro de café dão vida às esculturas habilmente construídas. Além disso, uma grande quantidade de sucata, após ser trabalhada pelo artista, se transforma em automóveis, relógios, guerreiros lendários e até em um peixe gigante.

Além da produção de obras de arte, com o apoio da Administração Regional do Guará, os artistas da oficina oferecem cursos gratuitos à comunidade. Geralmente, ao longo de uma semana, o artesão Sidney Waldo ensina aos alunos as técnicas que ele utiliza na confecção de bonecas decorativas.

Leia mais na edição deste sábado (30) no Jornal de Brasília.


Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br